domingo, 4 de agosto de 2013

Seja bem-vindo, filho


Essas últimas semanas foram marcadas por uma longa espera. Ao contrário do que dizem, você continuou mexendo muito, cada vez mais forte, mais intenso. Tenho me emocionado com facilidade, mas ao mesmo tempo estou sentindo muita paz. A barriga, cada dia mais pesada, me limitou completamente. Você é grande, filho, é difícil acreditar que coube dentro de mim. Assim como seu pai diz, eu sou miúda, minhas pernas pesam, me sinto muito fraca. Mas tenho a sensação que essa longa jornada passou rápido demais. Minha vida mudou completamente desde que te vi naquela sala de exame: duas bolinhas unidas com um coração acelerado. Ficava me perguntando como era possível me apaixonar por uma criaturinha com menos de 2 centímetros. A partir desse dia, esperei com ansiedade por cada encontro mensal. Não escondo de ninguém o desconforto que senti, no entanto é difícil expressar a emoção de cada descoberta. É uma benção e uma felicidade enorme poder gerar uma vida. E, à medida que vamos nos despedindo, minha energia fica cada vez menor, mas meus braços estão abertos e meu coração transborda de alegria. Vem, meu filho. Vem conhecer o mundo. Nós estamos aqui prontos para te ajudar a construir as mais belas asas.

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