Amo Natal. É a data que mais mexe comigo e que traz muitas lembranças do meu pai. Fomos criados no clima natalino mas sem abordar temas religiosos. Lá em casa não tivemos orientação ou fomos conduzidos para qualquer religião. Papai era pura festa, se empolgava com os enfeites da árvore, com as comidas, adorava arrumar a casa, fazia questão de receber a família e proporcionar uma noite de muita alegria. E as compras? Papai era puro consumismo, não por obrigação. Ele fazia questão de presentear, de surpreender. E sempre nos envolveu nesse entusiasmo. Era uma delícia sair com ele e fazer parte dessa festa. Muitas pessoas julgam, torcem o nariz, e tentam se manter longe de toda essa confusão que envolve o Natal. Pois eu acho que cada um tem seu valor e seu ritual. O nosso não era dentro de uma igreja, acendendo uma vela ou rezando. O nosso era pura celebração da vida, das pessoas, generosidade distribuída com gosto, como forma de reconhecimento e gratidão. Para um menino que fazia seus próprios brinquedos numa época em que o Papai Noel não costumava aparecer, eu sinceramente acho que essa forma de comemoração é mais do que bem vinda. É digna, justa e sim, muito bonita.
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