Delicadeza

Dia das Mães 2011

Uma manhã inteira na cozinha e várias fornadas. O melhor chocolate amargo e, dessa vez, passas e nozes. Fresquinhos, macios, daqueles que você morde e o chocolate escorre. Uma caixa, laço com fita de cetim. Um pedido atendido. E a certeza de que presente não se dá com muitos Reais.

Surpresa

Ganhei esse azeite de pistache da minha mãe americana de presente de Natal. Ela fez um presente temático, com tudo de pistache: o azeite, pistache coberto de chocolate, praliné, pistache tradicional torrado e salgado e um livro de receitas com castanhas. Eu adorei, mas o marido pirou. Ele é sem noção com pistache. Sem educação! Tudo bem, essa é uma das situações em que ele extravasa. Então eu permito e acho graça.

Provamos o azeite com essa sopa verde, mas sinceramente não lembro qual foi a receita. A única coisa que lembro é o sabor marcante, incrível, difícil de descrever e, dando o braço a torcer, difícil parar de comer. Amamos.

Dedicação

O marido resolveu cozinhar para mim. Um dia foi surpresa, cheguei em casa e ele já estava lá no fogão concentrado, feliz da vida. Porque cozinhar cura. Quando é feito por amor, é um santo remédio para quem faz e para quem recebe. Tem dias que ele quer se virar sozinho e eu me esforço para respeitar, para não dar palpite sobre como descascar e cortar cebola ou dar sugestões sobre quantidades e medidas. Assim foi com o Croque Monsieur (acima), receita do Olivier feita com brioche pela primeira vez. O marido é craque nela, já arriscou alterações e substituições e fica sempre uma delícia. Com a sopa de abóbora  foi a mesma coisa, ele se virou sozinho com tudo que tinha na geladeira, usou um pouco de feeling e fez a melhor sopa de abóbora que já comemos, mas, infelizmente, ele não lembra a receita para a gente poder repetir.

O carbonara (acima) também foi obra dele com ajuda do Jamie e sem a minha participação. É uma receita mais complexa, mas o marido é muito caprichoso, meticuloso, tem mais paciência que eu para certas coisas. Ele escolheu a linguiça, retirou a pele, fez as mini almôndegas e refogou para depois acrescentar à massa com o creme de ovos. Ficou delicioso. Tenho que admitir que, apesar de ser difícil ficar de fora, é emocionante receber um carinho assim.

Postado com um pouco de atraso, mas inspirado no casamento Real: fish and chips.

Ainda não achei uma receita que realmente me encanta, como as dos Estados Unidos. Mas vamos combinar:  pão molhado no leite com baunilha, no ovo e frito na manteiga não tem como ficar ruim, né? Café da manhã com french toast.

Quando fizemos o projeto da nossa casa, já tínhamos uma certeza: queríamos uma jabuticabeira ali. No final, acabamos colocando duas, já adultas, que foram transplantadas numa época de frio. As duas perderam todas as folhas, ficamos apavorados, mas explicaram que era bom sinal. Sinal de que estavam fortes para jogar as folhas fora. Era só ter paciência e molhar direitinho que, em breve, folhas novinhas brotariam.

Passamos tantos finais de semana lá, reproduzindo uma chuva fina, com mangueiras cheias de emendas, sem muita estrutura. A dedicação e o carinho foram tão grandes, que depois de alguns meses elas retribuiram: acima, um belo exemplar das 10 jabuticabas que ganhamos!

Sopa Incrível II

Eu já tinha dado a receita aqui, mas não custa repetir. Ouso dizer que é melhor que as sopas que tomei em Paris ou em qualquer outro lugar. É incrível, imperdível. E dessa vez, me rendi à baguete com gruyere.

Sopa Francesa de Cebola (para duas pessoas), Receita do Joy of Cooking

- 2 cebolas grandes (melhor colocar 3 médias, vai dar gostinho de quero mais!)
- 1 col. sopa manteiga
-1 col. sopa azeite
- 1 col. de chá de tomilho fresco (se usar o seco, tem que colocar só uma pitadinha)
- 1 col. sopa de conhaque
- 1/2 litro de caldo de carne

Descasque e corte as cebolas ao meio, depois fatie bem fininho. Refogue a cebola com o tomilho na manteiga e no azeite por 15 minutos em fogo médio até começar a dourar, mexendo sempre. Abaixe o fogo e deixe refogar por mais 40 minutos com a panela tampada, mexendo de vez em quando. Descubra a panela, coloque a colher de sopa de conhaque e deixe evaporar. Acrescente o caldo de carne e cozinhe por mais 15 minutos. Ajuste o sal se for preciso. Transfira para um ramequin e leve ao forno com uma fatia de baguete francesa com queijo gruyere até que ele derreta.

Dica: na última vez que fiz essa receita, tomei a iniciativa de colocar uma colher de sopa de farinha de trigo para dourar com a cebola, pouco antes de acrescentar o conhaque, que no caso pode ser whisky. Deu um toque aveludado, acho que vale a pena.

Sopa incrível

Tem coisa melhor que um caldinho nesse frio? E quando esse caldinho é diferente, interessante, exótico? Adaptei um pouquinho essa receita de sopa de abobrinha com curry do livro da Carolina Ferraz. A primeira vez que fiz, achei que o curry ficou forte demais, mesmo tendo colocado metade do que ela pedia, e ele acabou mascarando o sabor. Mas demos uma segunda chance e com a sugestão do marido, acrescentamos o caldo de legumes. O resultado ficou incrível, posso tranquilamente falar que é uma das sopas mais deliciosas que já tomei na vida. Ah, tenho usado o curry em pasta e o resultado tem ficado melhor também.

Sopa de Abobrinha com Curry, receita adaptada do livro da Carolina Ferraz  (para duas pessoas)

- 1 cebola pequena picada
- 1 dente de alho médio triturado
- 1 colher de café de curry em pó (usei em pasta)
- 1 abobrinha grande cortada grosseiramente
- 1 batata pequena cozida, sem casca
- 2 xícaras de chá de água
- 1 col. Sopa de azeite de oliva
- sal a gosto
- 1 cubinho de caldo de legumes
- 1 punhado de castanha do Pará, triturada no pilão (para decorar)

Em fogo médio, refogue a cebola no azeite e com o sal por 4 minutos, sem deixar queimar. Acrescente o alho e o curry e deixe refogar mexendo sempre. Acrescente a abobrinha, a batata, a água e o caldo. Deixe ferver, diminua o fogo e cozinhe de 10 a 15 minutos. Bata no liquidificador e sirva imediatamente.